quarta-feira, 23 de março de 2011

OBRIGADO DE CORAÇÃO, AMIGO IRMÃO BETO RAMOS - DIZ A LENDA

Eu vi o trem partir diante dos meus olhos fechados. Era um sonho com um piui de saudade.

Vem a Máquina 18 sem pressa de chegar.

Trazendo menino buchudo, mulher buchuda, homem buchudo e o filho do Buchudo, com um saco de farinha para comer com peixe frito lá no triângulo.

Partiu a Máquina 18, consegui avistar com os meus olhos de esperança que o maquinista era o Zé Áureo.

Menino criado em terreiro sem muro e com algumas cercas.

Então ele estende a mão e convida a nossa gente, para partir no sonho de todos nós.

E saio correndo atrás do apito do trem.

Corro mais.

Fico cansado.

O Áureo com a mão estendida.

Os meus olhos continuam fechados.

Assim como os olhos de alguns.

O trem então passa devagarzinho para que todos possam ouvir a batida de um surdo de marcação.

Piui tum tum, piui tum tum.

Parece um samba dos tempos áureos de nossa música.

Eu vi o trem passar.

Zé Áureo, vamos convidar todas as pessoas que os nossos sonhos possam alcançar, para conhecerem o que é bom.

Bom mesmo é amar Porto Velho.

A Máquina 18 é o elo de união de todos nós.

Piui tum tum, piui tum tum.

Assim como os sonhos o samba não pode parar.

A Máquina 18 vai partir novamente.

Vamos minha gente ela fica dentro do nosso coração.

Áureo isto não é sonho, é realidade.

Ainda estou correndo atrás do apito do trem.

O bom é que não estou sozinho.

Os meus olhos são os olhos da alma.

Eles passam pelo coração.

Juntam-se com a amizade.

E saem todos para passear na Máquina 18.


Diz a lenda

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